- walter tierno
Sobre preconceito
Passando pela entrada para o terminal de ônibus do Tatuapé, vi um morador ali da rua dando puxões numa caçamba para lixo reciclado. O que me pareceu: o cara teve um surto e estava tentando derrubar o troço. E conseguindo. Parei e bronqueei, porque se aquilo tudo caisse, atrapalharia muito a vida de quem passa por ali, além de ficar tudo muito perigoso para os ônibus. Ele parou e me respondeu: “tô arrumando.” E estava mesmo… Minha cara deve ter se transformado numa bunda tão grande que nem consegui pedir desculpas. Minha lição para hoje e que compartilho com vocês: Aquela hora que você pensa que está imune, todo pimpão e desconstruidão? É quando você age como um paunocu. Preconceito está enraizado na gente, como vício, não desaparece, só se pode controlar. E vigiar-se. Sempre.